Cuspi, cuspi na tua face
Eu queria que o meu cuspe fosse tão ácido
Que te desfigurasse
Te escorresse e marcasse a mesma cicatriz que me abriu
No peito, lá dentro
Sim há violência neste ato, há violência em mim
Que também fui violentado
Me fiz ridículo, e mais uma vez encenei diante do mundo o personagem louco que deixei que me criasse
Você não merece nem isso, nem o cuspe lançado em tua face
A minha razão enegreceu quando me pediu para ser homem
Homem nas minhas atitudes
Qual homem você é para me apontar o que ser?
Um covarde se esconde por trás de princípios mentirosos, das pessoas ao redor, encena ser o bom moço
E me pede para ser homem
O homem que sou assume o que diz e faz
O homem que sou assume que cuspiu em sua face
Sem culpa, sem pudor
E sem culpa, e sem pudor
Quis escarrar em você com sua única e mesquinha forma de julgar o mundo
Estou certo, não
Mas em um mundo de mediocridades, de que vale a razão?
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