segunda-feira, 7 de junho de 2010

Cuspi, cuspi na tua face

Eu queria que o meu cuspe fosse tão ácido

Que te desfigurasse

Te escorresse e marcasse a mesma cicatriz que me abriu

No peito, lá dentro

Sim há violência neste ato, há violência em mim

Que também fui violentado

Me fiz ridículo, e mais uma vez encenei diante do mundo o personagem louco que deixei que me criasse

Você não merece nem isso, nem o cuspe lançado em tua face

A minha razão enegreceu quando me pediu para ser homem

Homem nas minhas atitudes

Qual homem você é para me apontar o que ser?

Um covarde se esconde por trás de princípios mentirosos, das pessoas ao redor, encena ser o bom moço

E me pede para ser homem

O homem que sou assume o que diz e faz

O homem que sou assume que cuspiu em sua face

Sem culpa, sem pudor

E sem culpa, e sem pudor

Quis escarrar em você com sua única e mesquinha forma de julgar o mundo

Estou certo, não

Mas em um mundo de mediocridades, de que vale a razão?

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