"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho:o de mais nada fazer."
Clarice Lispector
7 comentários:
Rafa, eu acho que os filósofos modernos não podem mais refletir, esta é a crise, não temos mais tempo, talvez capacidade e nem mesmo vontade.
Pra quê?!
O mundo é outro, são apenas imagens, apenas aparências, são menos palavras e mais ações. É pouca discussão e mais atitude, tudo bem que não se sabe mais para quê ou quem agimos , mas agimos !!!
Eu sempre tive vontade de parar e refletir, mas aí não poderia agir!
A grande bosta de uma existência é querer refletir! Porque é como querer reviver e sabemos que a vida é sem grandes ensaios! A vida é teatro nú!
Ainda que nos reste à esperança de que com reflexão, não sejamos conformados, apáticos e dóceis como gado, eu desconfio!!!!
A melhor vontade é de aceitar o que somos! É REFLETIR SEM RESISTIR!rs...
As minhas reflexos são resistência de existência, são aumento do super ego e supressão do ego,nosso id é primitivo nem têm mais função civilizadora das ações...esquece isso! Afinal eu não sei refletir sem resistir.
Ficar bem ou mal é ilusão estamos sempre iguais, não é pessimismo retórico, não é chateação, não é vida boring, é decadente?Não posso refletir sobre isso...
Não dá pra refletir! Não temos mais tempo só podemos agir, quando tudo isso atacar, chama um médico!
Bia Pupin
meu caro Amigo Rafael...poetas são os desacertos do mundo, refletem em seus pensamentos formas de fugir da realidade, entranhando, para isso, na própria realidade...somos os paradoxos e ao mesmo tempo o elo, entre o que se leva de exemplo da vida e o que se poder dar como exemplo do mundo...
"a fina chuva cai na tarde cinzenta de uma fria e longinqua terça-feira. Os pensamentos que me rodeam mostram-me o passado juntando-se com o presente do futuro. Gostaria de ter respostas para perguntas que nem sei de onde vêm, mas sei em qual caixinha do coração vai parar.
A cortante brisa combina-se perfeitamente com meu olhar e consigo traz a gota que borra a pagina do papel.
A incerteza do meu querer demonstra o teor dos meus planos, comoque se os existentes fossem responsáveis o bastante para mudar algum caminho...estreito caminho. Se minhas frases são disjuntas, isso ocorre apenas para refletir a crônica de uma existencia...palavras combinadas que são mutaveis o bastante como a direção dos pingos que caem das altas árvores.
Colocamo-nos no mundo como espadas do habilidoso cavaleiro, afiadas e dispostas aos verdadeiros desafios, despertados a toda manhã e lembrados todas as noites ao sono.Queremos um mundo onde a esperança da sinal a realização, onde o presente é contemplado com o valor e o aprendizado não seja oriundo de experiencias e amores perdidos, mas sim de quantas vezes sorrimos ao ver que a vida nos leva onde começamos.
Distancias são miragens para quem leva o coração dentro de si...desilosões são minutos para que quer viver a vida como ela merece...e assim somos tardes de terças-feiras...doces ou frias, solitarias ou aparentes, a espera da chuva fina que completa o Ser da vida"
Bucólico como Caeiro...realista como Alvaro de campos e uma pitada de anti-cristianismo de Ricardo reis...rsrs
Eu não filosofarei tanto,apenas direi o que realmente se passa comigo em relação ao ''mal-amor''.
Eu nunca deixei de amar,não consigo,parece um vício,algo que me mantém viva,acordada,com vontade de lutar,se eu não o tenho,eu simplesmente páro,estática fico.
Sendo amada ou não por alguém,eu nunca deixo de sentir,nunca deixo de pensar na pessoa ou em como eu a desejo...parece insano,persistir no que nunca dará certo,porém,para mim,é o que me mantém viva.
(adorei os textos Rafa,lindo e de ótimo bom gosto seu blog,visitarei sempre)
Mil beijos meu amigo!
A D O R E I !!!
Sua carinha!
Sensível e cheio de delicadeza.
E quanto ao amor...
Deixa essa flor ao vento... quem sabe um dia você não descobre que criou uma borboleta??
hein?...
Beijos, meu amigo!
O AMOR ERA ASSIM.
....
....
UM BELO DIA EU O MATEI!
Pois é quantas percepções sobre esta abstração que denominamos amor,para mim este não é um simples afeto,sentimento...ás vezes sinto que o amor é condicionamento,me causa curiosidade á sua dialética,quantas sensações opostas nos proporciona...
Também acredito que estamos em uma época em que ás palavras estão dizendo muito pouco,ás idéias estão se reduzindo á mesquinhez demagógica,deveria ser uma época de ação,transformação,prática e evolução,mas estamos nos acostumando com o comodismo e á impossibilidade de nos fazer algo,de nos transforamar...
Porém ainda insisto em querer observar,perceber e refletir,mesmo que minhas reflexões sejam tão somente reflexões,mesmo que isso me proporcine apenas uama metamorfose verborrágica;Alberto Caeiro evoca o não pensamento,pensando,me encanta este paradoxo...
A tudo que vem de dentro-universo
A tudo que transfigura via percepções-busca
Um sentimento na pureza inata d'alma- o amor
Que se compara a flor por convenção
Ou por olhos atentos sobre o mundo
E quando menos se espera
Num segundo este segua e se instala
De maneira da qual desejamos em tão imensa demasia
Onde a ansia o impediu de florescer
Mas ele sempre ...floresce
CLARICE É UM POUCO DE TODOS E MUITOS DE ALGUNS, COMO VC!GRANDE ABRAÇO
Postar um comentário